Já vem fora de tempo, mas ainda assim tinha de deixar alguma prosa sobre os Jogos Olímpicos.
Além de não perceber o porquê de certas modalidades persistirem, há outras que não se percebe que fiquem de fora.
Só devia ser considerado desporto qualquer actividade física que se possa combinar com o pessoal. Uma futebolada, bater umas bolas, dar umas tacadas, ou até uma moedinha ou atirar umas setas.
Nunca soube de ninguém que combinasse com os amigos:
- ‘Bora’í ver quem consegue atirar um pau mais longe, ou uma bola de ferro, ou uma bola de ferro presa a um fio.
- ‘Bora’í ver quem consegue saltar mais longe, mas podemos dar primeiro dois saltos (e porque não só um ou dois?).
- E se fôssemos ver quem consegue saltar para a água com mais estilo? A Melinha pode ser o júri.
Aliás, actividades que impliquem mostrar quem é mais habilidoso e dependem de um júri, nem deviam ser consideradas desporto. Senão, porque não a inclusão do skate, BMX, patins-em-linha, kite, ou, até, atirar um seixo para ver quem consegue que ele dê mais saltinhos na água?
Há que dizê-lo com frontalidade. Os Jogos Olímpicos estão cheios de modalidades parvas.