* Guardar para futura refer...
A Deco anda preocupada com a segurança dos brinquedos. Parece que, para além dos suspeitos do costume (arestas vivas, peças pequenas ou produtos tóxicos), outra situação os preocupa: Há brinquedos que, junto à identificação do fabricante, não têm a indicação “guardar para referência futura”. E assim, os progenitores mais distraídos já não irão guardar essa informação no seu arquivo de referências passadas. Imagino até que haja quem crie bases de dados informatizadas com todos os brinquedos dos filhos, data de aquisição, fabricante, idade mínima, e o mais que se lembrem.
Numa outra publicação, uma reportagem nostálgica sobre um coleccionador e fabricante de brinquedos tradicionais, em madeira, com lascas que se soltam e tudo, folha-de-flandres, tintas à base de chumbo, e sabe-se lá que mais. Da colecção faziam também parte brinquedos feitos com latas de conservas.
É curioso que a geração que brincou com isso tudo, brinquedos sem indicação da idade mínima, arestas vivas (os Legos novos, que ainda se fazem assim mas que a Deco preferiu não hostilizar), plásticos com sabe-se lá o quê, peluches com alergenos, pistolas que lançavam dardos, bicicletas sem manual de instruções e aconselhamento de capacetes, se preocupe tanto com a necessidade de guardar as instruções para futura referência.
Ou será que foi por isso que se tornaram pais desprovidos de bom senso?