De um modo geral, a crítica gastronómica tende a focar-se em estabelecimentos fora do alcance das bolsas do comum dos mortais.
Portanto, iniciamos mais uma rubrica de interesse público, a crítica gastronómica de tascos fastfood.
Começámos pelo NhompaBurguer, situado no foodcourt do Fórum Arrentela.
O ambiente reflecte o espírito do fastfood, dominado por tons amarelos, laranja e azuis. Dirigimo-nos à caixa, enquanto apreciávamos a extensão dos menus. Não é a escolha mais variada que já encontrámos, mas ainda assim aceitável.
As entradas são limitadas, optámos pelos aros de cebola. Estaladiços, sem ser demasiado esturricados, prepararam o estômago para a piéce de résistence. A casa propõe NhompaBurguer, Nhompachorro, BacoNhompa, NhompaCheese, entre outras iguarias. Seguimos o conselho do prestável funcionário Petrelson, e aventurámo-nos num sugestivo DoubleNhompaMaxBurguer: Dois hamburguers grelhados, alface frisada, duas fatias de queijo, uma fatia de fiambre, pickles, molho à base de maionaise e, ousadia do franchiser, um raminho de salsa.
A combinação resulta bem, sustenta-se no clássico e aponta alguns trilhos de evolução. A quantidade de recheio que espirrou à primeira dentada estava também correcta, sem saltar para o nariz, mas pingando delicadamente sobre as batatas fritas. Ainda assim, no meio do conjunto queijo/condimentos/molhanga, notava-se um ligeiro sabor a carne, situação que deverá ser corrigida de futuro.
Nas batatas fritas, não se inventou, discretas quanto baste, com uma equilibrada capacidade de absorção de ketchup.
A carta de bebidas revelou-se pouco expressiva, apesar de adequada, salientando-se o Compal Manga-Laranja e o Frisumo Frutos-Vermelhos, pecando este por inadequada temperatura, excessivamente baixa, retirando fulgor aos açucares.
Para sobremesa, avançámos para uma prosaica waffle com doce de morango (o tracto estaladiço resistiu ao micro-ondas) e no fim, melhor dizendo, no princípio, pagámos 6,75 € por pessoa, valor perfeitamente justo, face à qualidade da refeição. Ficámos clientes.