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Aos crentes da verdadeira fé, sucedem-se os Verdadeiros Apreciadores, do café aos charutos, do bacalhau à francesinha. Criam as suas capelas, a que gostam de chamar confrarias, e gostam de se constituir como uma elite superior, pelo simples facto de não porem açúcar no café. Nem no chá. Nem sequer saberem o que é chocolate branco.
E são de um proselitismo irritante:
“Vais pôr açúcar no chá? O verdadeiro apreciador bebe-o puro”.
Aliás, é algo comum a todo o membro de uma qualquer Igreja do Verdadeiro Único e Autêntico Apreciador, a demonização das misturas.
E há vários graus de pecados, dos veniais (deixar cozer o esparguete mais de 2’43” ou misturar gasosa na imperial) aos mortais (usar Barca D’Alva para fazer sangria ou queijo de Azeitão na tosta mista).
Não admira, portanto, que tenha assistido a este diálogo num restaurante argentino:
- Como queres o bife?
- Frito em manteiga, meio-termo
- Ah sim? O Verdadeiro Apreciador prefere-o mal passado, grelhado só com sal.
- Herejes! O Verdadeiro Apreciador nem põe sal, isso estraga-lhe os sucos, poisa-se na chapa, vira-se e já está.
- Blasfémia! O Verdadeiro Apreciador, segura-o com uma pinça de madeira de jatupicafá a 21’2cm de um tronco incandescente de madeira de truficapé, durante 0,26”, e não usa talheres.
- Revisionistas! O Verdadeiro Apreciador vai ao pasto e come directamente da vaca!