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Já tem onde morar, como transportar-se, agora vamos comer. Existem várias entidades que se dedicam a alimentar os menos favorecidos. Mas destinam-se a pessoas verdadeiramente carenciadas, e não a pelintras como você. Analisemos, portanto as alternativas. Duas palavras mágicas: Food Court. Os centros comerciais são uma fonte inesgotável de recursos. Escolha o seu alvo criteriosamente, aproxime-se discretamente de uma família que esteja a consumir fast-food, e aguarde pacientemente numa mesa próxima. Quando se retirarem, ocupe a sua mesa antes que as senhoras da recolha dos tabuleiros se aproximem. Faça ar de quem já almoçou e está à espera que a(o) namorada(o) lhe vá buscar o café. Alimente-se. As famílias desperdiçam sempre imensa comida, muitas vezes embalagens intactas de hamburgers ou batatas fritas. Se a família lhe pareceu limpinha, pode atrever-se a acabar as sandes ou os refrigerantes. Vá aos balcões dos fast foods pedir mais uma embalagenzinha de ketchup, maionaise ou mostarda. O ketchup é uma fonte importante de vitamina C, betacaroteno e outras coisas saudáveis. Peça também mais um garfinho, colherzinha, faquinha, pratinho, copinho. Após algumas semanas vai conseguir um serviço de mesa completo, em policarbonato. Não se esqueça é que tem sempre de pedir com “inho”. Ninguém rejeita nada a quem pede com “inhos”.
Outra fonte se alimentação num centro comercial é o hipermercado. Nos dias de maior movimento, há sempre promotoras a sugerir-lhe que prove comida, queijos, iogurtes, enchidos, bolachas, etc. Sirva-se da secção de acessórios de moda para poder passar várias vezes na mesma banquinha. Quando estiver bem alimentado não se esqueça de ir lá pôr os acessórios outra vez, roubar nas lojas dá prisão, e ir de cana também sai caro.
Por fim, há outros produtos de que se pode abastecer gratuitamente num centro comercial, embora a sua recolha já se encontre na área cinzenta do “estou a servir-me/furto”. Refiro-me às instalações sanitárias, onde leitores menos escrupulosos, munidos de garrafas, poderão abastecer-se de água, sabonete e papel-higiénico. Como não quero ser processado pela Sonae, não aconselho este procedimento.
E pronto, aqui encerro esta trilogia com um último conselho: Não adoeça, adoecer sai caro.
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