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Ingredientes:
Milho
Sal
- Lave as mãos
- Coloque um tacho pequeno ao lume
- Lave as mãos
- Com uma pinça, retire um grão de milho da embalagem e coloque-o no tacho
- Deite fora a pinça e a embalagem restante
- Lave as mãos
- Tape o tacho
- Lave as mãos
- Espere que o milho estoure e retire-o da panela com outra pinça
- Lave as mãos
- Coloque a pipoca num prato
- Lave as mãos
- Deite fora o tacho e a pinça
- Lave as mãos
- Tempere a pipoca com 4 grãos de sal fino
- Lave as mãos
- Sirva
- Lave as mãos
- Repita o processo as vezes necessárias até ter a quantidade de pipocas desejada
- Lave as mãos
Bom apetite
Na próxima semana: Arroz com ervilhas.
“É um escândalo que apenas os proprietários de Mercedes, BMW’s, Audis e, vá lá, um ou outro Passat, sejam vítimas de carjacking, podendo deduzir o prejuízo no IRS, e gerando inveja nos vizinhos”, declarou Francisco Louçã num encontro sobre Igualdade de Oportunidades.
“Os proprietários de Corsas, Clios ou Puntos também têm direito a ser carjackados. É urgente criar quotas, para que, para cada Mercedes, BMW ou, vá lá, 3 Passat’s, vítimas de carjacking, seja obrigatório carjacking de 4 Corsas (5, se tiverem Ar Condicionado), ou 6 Clios (7, se tiverem GPS de origem) ou 5 Puntos (3, se forem daqueles que vêm sem aquele coiso do isqueiro).”
Pois o governo lançou um portal para ajudar as pessoas a encontrar os combustíveis mais baratos. O que me inspirou.
Na sequência do Manual de Sobrevivência em Tempos de Crise, que postei algures aí em baixo, venho propor um novo passo, o Portal da Acção Promocional Online.
Será, portanto, um sítio onde uma pessoa esfomeada poderá planear a sua refeição grátis, dirigindo-se ao hipermercado assinalado, sabendo de antemão que está lá uma menina simpática dando a provar tostas com queijo, outra com donuts e, quiçá, mais uma cerveja ou um café (graças à moda do café pastilhado, nunca falta uma grande superfície onde exercitar o nosso “atão, deixe lá provar esse famoso neispesso”).
E terá uma ligação para o calendário das inaugurações de auto-estradas, que parece que por lá também se come bem. E para outros sítios onde as vítimas da crise poderão alimentar-se de graça, sem passar vergonhas. Quem é amiguinho, quem é?
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1368868
Para breve, obrigar as pessoas a usar camisolas interiores quentinhas quando a temperatura baixa dos 15º, impedi-las de entrar na água menos de 3 horas depois de comer, e fiscalizar a que distância está o sofá da televisão.
O Ministério da Justiça prepara-se para lançar o balcão Assalto Na Hora: O processo inicia-se com a notificação do cidadão, pelo facínora, sobre o montante do assalto. Depois, é só dirigir-se ao balcão Assalto Na Hora e, num só local, entrega a quantia indicada na notificação, e preenche os papeis todos, a queixa na polícia, a participação ao seguro, o pedido de novos cartões (no caso da variante RouboPorEsticãoNaHora).
E pode pagar logo a Taxa Moderadora das Urgências, se tiver optado pela modalidade Assalto Violento.
O facínora trata logo do processo criminal e recebe na altura a medida de coacção prevista.
Será também instalado um drive-in, para o Car-Jacking na Hora
Em breve o serviço estará disponível online para podermos ser assaltados comodamente no conforto do lar. O dinheiro é enviado por transferência bancária e, se o assalto for em géneros (jóias, plasmas, etc.), tem de se combinar uma hora com a transportadora (paga-se em função da distância).
Já o facínora, recebe as coisas comodamente em sua casa, inclusivamente a pulseira electrónica (com o respectivo manual de instruções), caso a medida de coação aplicada seja a da prisão domiciliária.
É surpreendente a forma como a realidade consegue ultrapassar a ficção. Olívia costureira VS Olívia patroa foi um dos mais conhecidos bonecos de Ivone Silva.
A SIC deu-nos a conhecer uma variante (ainda) mais esquizofrénica da coisa:
Bom, já não me vou espantar quando vir um fiscal da EMEL a multar uma viatura da dita, que o colega terá deixado em segunda fila, enquanto fiscalizava parquímetros.
Mas não é bem assim. De facto, sendo um casamento um negócio que movimenta imenso dinheiro, e estando este em declínio, dada a crescente popularidade das uniões de facto, há que abri-lo a novos mercados, estimulando assim a economia.
Vejamos, portanto:
Convites (mais facturação para os CTT).
Despedida de solteiros (aqui não rende tanto, sendo do mesmo sexo acabam por ir ao mesmo sítio).
Vestidos de noiva e fato de noivo (com mais combinações possíveis).
Decoração do local da cerimónia (o Registo Civil é demasiado prosaico, mas pode arranjar-se sempre uma dessas novas igrejas disposta a facturar uns cobres, fornecendo locais e ministros a condizer). Convém que se alterem algumas disposições tradicionais, é um bocado parvo perguntar a um convidado se vem da parte do noivo ou do noivo.
O aluguer da viatura.
O copo-de-água, mais o DJ.
Os presentes.
O hotel para a noite de núpcias.
A lua-de-mel.
Há ou não há aqui muito euro a circular? E, finalmente, teremos o divórcio gay, com mais dinheiro a gastar com advogados, novo apartamento, mobília, electrodomésticos e CD’s dos ABBA para quem não acertar na contratação do advogado. Todos ganham, enfim.
E a poligamia, já está na altura de ser também legalizada, mais convidados, mais presentes e, no fim, ainda mais advogados.
Já as ligações incestuosas, não terão grande vantagem financeira. Para começar, teria de ser a mesma família a arcar com as despesas da boda. E depois, estragava-se a vida aos argumentistas de novelas, porque passaria a ser irrelevante se Josineide descobre que afinal é irmã de Walterino. Além de que Os Maias perderiam toda a piada.
Já ouvimos pessoas dizer “sou católico, à minha maneira”. Isto, normalmente, quer dizer que achamos tudo muito bonito, desde que não nos perturbe a existência. Também há quem seja cumpridor das suas obrigações fiscais, à sua maneira: Eu já pago demasiado, eles gastam o meu dinheiro em grandes carros e viagens à nossa custa, e ainda querem que eu declare todos os meus rendimentos?
Ou com o código da estrada, como vimos num recente reality show sobre um artista que acha legítimo circular 70 a 80km/h acima do limite legal, a falar ao telemóvel e sem as mãos no volante, “porque senão fico com sono”. Ou os que são comunistas à sua maneira, alardeando as suas preocupações sociais, mas com os funcionários a recibo verde.
Suponho que Deus prefere que O amem à Sua maneira.
Com tanta loja maçónica a pulular por Portugal, disto nem o Belmiro ainda se lembrou: O Centro Comercial da Maçonaria.
Podia ficar junto a uma via rápida dos subúrbios, assim como assim os outros centros também são fechados ao exterior, nem se iria notar a diferença.
E com grandes vantagens para os irmãos (e quiçá alguns primos). Poderiam mais facilmente escolher a Loja mais adequada às suas ambições políticas. Como nos outros shoppings têm uma zona com vestuário, decoração, desporto, o shopping maçónico teria as lojas divididas por zonas dedicadas a Ministérios, Secretarias de Estado, Administrações de Empresas Públicas, Administrações de Empresas Privadas Mas Cujo Principal Cliente É O Estado Portanto Vai Dar No Mesmo, etc. E com um food court, claro, com a gastronomia da moda, comida do Tacho.
Já para o nome, infelizmente o nome mais apropriado, e que expressa bem o objectivo dos principais lojistas, já pertence ao grupo Amorim: Dolce Vita.
Mas suponho que devam andar agora com outras preocupações, nomeadamente a queixa por parte do Secretariado Para a Igualdade das Pessoas Com Deficiência: É que os irmãos (e alguns cunhados também) que são portadores de deficiência ao nível dos membros superiores têm algumas dificuldades com o aperto de mão secreto.
O post de Natal deste blogue é dedicado à Kermesse de Paris.
A Kermesse de Paris era a cereja no topo do bolo, para quem era criança nos finais de 70’s/princípios de 80’s, e ia a Lisboa de comboio, pela linha de Sintra. Descia-se ao Rossio e, à saída, lá estava ela. Era a loja de brinquedos, igual à dos filmes. Os comboios da Jouef, as pistas Scaletrix, as naves d’O Regresso do Jedi, os carros telecomandados, os kits da Revell, acho que até o Castelo de Greyskull, dos Masters of Universe.
No Natal, tudo ganhava outro encanto, com as decorações; mais as do Rossio e os neons no topo dos edifícios, e o cheiro a castanhas assadas.
Depois, chegaram as grandes superfícies, e as lojas chinesas. A Kermesse passou a perfumaria (nem sei o que lá está hoje). Os neons passaram a caixas de luz em acrílico, restou a castanha assada, suponho. As lojas de brinquedos foram para os centros comerciais, mas destinam-se a adultos e chamam-se agora de Modelismo ou Coleccionismo. Cada geração tem as suas nostalgias, talvez os nossos filhos venham a contar aos nossos netos da magia que sentiam ao passar pelo corredor dos brinquedos, em cada ida ao Continente. Ou como percorriam os corredores do Toys’R’Us no passeio dominical ao Colombo.
Eu deixo aqui a memória das montras a que tantos narizes se colaram, da Kermesse de Paris.
Já agora, se alguém tiver uma fotografia com que eu possa ilustrar este poste, ficaria eternamente agradecido.